Há um mês iniciei um curso de estética dental. São 12 módulos mensais que irão abordar novos materiais odontológicos, novas técnicas, abordagens diferentes e interessantes. Tudo a respeito de sorrisos brancos, lindos e saudáveis.
Quem não quer um sorriso hollywoodiano? Um sorriso que brilha, que chama a atenção, que impressiona? Eu quero!! Você não quer?
A questão é: em que momento estamos ultrapassando a coerência e a necessidade estética e começamos a entrar na neurose e obsessão pela perfeição??
Isso não ocorre apenas na odontologia claro. Em cirurgia plástica e dermatologia, isso é muito mais comum e corriqueiro.
É nesse momento que devemos, como profissionais, tanto médicos quanto dentistas, ou até nutricionistas avaliar eticamente se este ou aquele tratamento é viável. Ou além de viável, será que os riscos de tais intervenções são coerentes? E a longo prazo? Como ficará o paciente? Será que ele pode se arrepender? Pode então nos culpar por não ter explicado que poderia ser um exagero, alertado que havia a necessidade ou até insistido em não realizar tal procedimento?
Estética é absolutamente um conceito subjetivo. Depende de cada um, de como cada um se enxerga, idealiza-se, deseja-se. Também podemos pensar que o paciente é dono de suas escolhas. Ele define se quer o sorriso branco como uma porcelana, dentes grandes, dente pequenos.
E então, o que fazer? Como proceder para buscar o melhor para o paciente?
Transparência. Comunicação. Muita explicação. Apresentação de casos clínicos. E, a partir do máximo de informação, quem decide é ele, o paciente. E o dentista, o médico pode ou não realizar o procedimento. Nessa hora, sim, a decisão é do profissional.
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